quarta-feira, 29 de abril de 2009

Anvisa amplia monitoramento de voos após elevação de alerta da gripe suína



Funcionária usa máscara no aeroporto de Guarulhos em SP; Brasil tem dois casos suspeitos de gripe suína

da Folha Online

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) vai monitorar todos os voos internacionais que chegam ao Brasil, em decorrência da elevação do alerta da gripe suína da OMS (Organização Mundial de Saúde) para o grau 5.

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O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira a existência de dois casos suspeitos de contaminação por gripe suína no Brasil. Outras 36 pessoas que apresentaram sintomas da doença estão sendo monitoradas no Brasil. São pessoas que chegaram de países onde a doença foi registrada e apresentaram algum dos sintomas da doença.

Além de monitorar os voos, a Anvisa também intensificará o controle sanitário nos portos. As embarcações vindas das áreas afetadas, que apresentarem casos suspeitos identificados a bordo receberão o documento de Livre Prática (obrigatório para a entrada da embarcação no porto) a bordo da embarcação, após a inspeção física realizada após ancorar.

Segundo a Anvisa, os comandantes das embarcações devem estar sensíveis à ocorrência de sinais e sintomas compatíveis com o quadro de gripe suína a bordo da embarcação e informar à autoridade sanitária. Após a comunicação, o comando da embarcação deve permitir as ações de controle pelas autoridades sanitárias.

Na terça-feira à tarde (28), a Anvisa realizou uma reunião no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Grande São Paulo), com representantes de companhias aéreas, da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), da Infraero (estatal que administra os aeroportos) e de sindicatos e associações de funcionários do aeroporto para tirar dúvidas sobre os procedimentos adotados diante de casos suspeitos de gripe suína no Brasil.

As empresas receberam também esclarecimentos sobre limpeza e desinfecção das aeronaves e a destinação dos resíduos gerados nos aviões e terminais.

De acordo com a Anvisa, o lixo gerado em aeronaves e outros meios de transportes que vierem de países atingidos pela gripe suína deve ter tratamento antes de ir para o aterro sanitário.

Já as aeronaves e os demais meios de transporte também terão tratamento diferenciado na hora da limpeza. Aviões, navios ou outros veículos que vierem dessas áreas, o procedimento de limpeza passa a ser um procedimento de desinfecção.

Hospitais

Ontem, o ministério divulgou uma lista com os 52 hospitais em todos os Estados e no Distrito Federal preparados para atender eventuais casos de gripe suína. Atendentes do Disque Saúde do Ministério da Saúde foram treinados para tirar dúvidas da população sobre a doença. O número é o 0800-61-1997.

A escolha dos 52 hospitais obedeceu ao critério de referência. Eles recebem esse nome pois possuem estrutura para detectar de forma precoce os sintomas da doença, estabelecer tratamento e isolamento se necessário.

Na terça-feira (27), o Ministério da Saúde informou que o Brasil já possui o equivalente a 90 milhões de doses do remédio estocadas no almoxarifado do órgão. O protocolo de tratamento indica que, tão logo o médico diagnostique o caso como suspeito, ele prescreva o Tamiflu.
Arte/Folha

São Paulo

Nesta quarta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que dez pessoas estão internadas de forma preventiva em hospitais de São Paulo e Campinas (93 km de SP). Destas, um homem de 28 anos apresenta sintomas típicos da gripe suína, tais como tosse, dores muscular e na garganta e febre. Outras cinco pessoas que procuraram atendimento médico foram avaliadas e permanecem sendo monitoradas pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) e não precisaram ser internadas.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Robson Ventura/Folha Imagem

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