Rondônia deve investir R$ 1,7 mi em aterros

Com objetivo de mapear desde a geração até a destinação dos resíduos sólidos em todos os municípios do Estado, o Governo apresentou o projeto de elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos de Rondônia (PERS). Durante a solenidade, ocorrida na manhã desta quinta-feira no auditório do Ministério Público Estadual (MPE), o projeto e as diretrizes para os serviços de elaboração do Plano foram apresentados. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), esse plano deve entrar em ação a partir de maio de 2014 e o investimento entre recursos federais e próprios deve chegar a R$ 1,7 mi.
Nanci Rodrigues, secretária da Sedam, explica que o plano faz parte de uma exigência do Governo Federal de que até 2014 todas as cidades substituam os lixões por aterros sanitários, adequados aos critérios ambientais vigentes. “Hoje apenas o aterro de Ariquemes está dentro dos critérios ambientais. Em Porto Velho temos um chamado “aterro controlado”, onde há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra. Este sistema minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de insetos e animais. Mas ainda não é o ideal”, explica.
Serão realizados diversos eventos públicos durante todo o processo de elaboração. Haverá também uma consulta pública pela internet. A secretária de desenvolvimento ambiental, Nanci Maria Rodrigues explica que os técnicos apresentarão uma lista de lugares que podem ser transformados em aterros e a população pode sugerir a melhor opção, através da internet. Para garantir o processo participativo, serão realizados também dois fóruns de atribuições, um para o Comitê Diretor – responsável pela coordenação, elaboração e execução -, e Grupo de Sustentação, que permitirá a participação da sociedade civil e poder público, garantindo o debate e o engajamento de todos os segmentos.
COOPERATIVAS DE CATADORES CADASTRADAS
A secretária destaca que como parte do plano, as cooperativas de catadores de materiais reciclados serão cadastrados pelo governo que fará parceria com a categoria. “Nós vamos ajudar enviando material para eles, mas a ajuda maior é deles que vão contribuir na reciclagem”, declara. O representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCMR), Tony Industrial, se diz feliz em participar das discussões. “Nós somos ambientalistas e muitas vezes não valorizados. A inclusão nesse plano nos traz uma perspectiva de melhorias para as condições de trabalho dos catadores”, reforça o catador.