domingo, 1 de novembro de 2015

Mosaico da Amazônia Meridional facilitará gestão de áreas protegidas

05 Setembro 2011  |  
 
Área abrange unidades de conservação nos estados de Amazonas, Mato Grosso e Rondônia, correspondendo ao território da Irlanda. Decisões serão avalizadas por conselho, que terá representantes de governos, movimento social e populações tradicionais.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinou, dia 25 de agosto, portaria que reconhece o Mosaico da Amazônia Meridional. A área é composta por 40 unidades de conservação contíguas nos estados de Rondônia, Mato Grosso e Amazonas (ver mapa), que abrange um território de 7 milhões de hectares, similar ao tamanho da Irlanda. Funcionará como ferramenta para consolidar a gestão das áreas protegidas, buscando melhorar a conservação de ecossistemas e da biodiversidade e a condição de vida das populações locais.

Para Mauro Armelin, coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, o mosaico institui um modelo de gestão baseado em uma visão mais ampla e sistêmica de toda a região. “Trata-se de um instrumento com grande potencial para otimizar recursos e criar processos compartilhados de tomada de decisão, com objetivo de gerenciar toda uma paisagem de maneira integrada” resume.

Um importante aspecto que contribuirá para uma administração participativa do mosaico será a instituição de um conselho consultivo, composto por gestores de unidades de conservação da área e representantes dos governos estaduais, de organizações não-governamentais do segmento socioambiental, do movimento social local, de empresários que atuam na área e de povos indígenas da região. O conselho vai propor diretrizes sobre usos da terra, acesso, fiscalização, monitoramento de planos de manejo, pesquisa científica e emprego de recursos destinados às UCs do mosaico.

O WWF-Brasil apoiou diretamente os estudos que subsidiaram a criação do mosaico, além de ter organizado reuniões e oficinas nas comunidades da região. Além disso, promoveu um evento na Conferência das Partes da sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em outubro de 2010 no Japão, com objetivo de divulgar a importância socioambiental da área e angariar apoio para a iniciativa.

As seguintes áreas protegidas fazem parte do Mosaico da Amazônia Meridional: Floresta Nacional de Jatuarana, Parque Estadual do Sucunduri, Parque Estadual do Guariba, Reserva de DesenvolvimentoSustentável Bararati, Reserva de Desenvolvimento Sustentável Aripuanã, Reserva Extrativista do Guariba, Floresta Estadual de Manicoré, Floresta Estadual de Aripuanã, Floresta Estadual de Sucunduri e Floresta Estadual de Apuí, no Amazonas; Reserva Biológica do Jaru, Parque Estadual Igarapés do Juruena, Parque Estadual Tucumã, Reserva Ecológica de Apiacás, Estação Ecológica do Rio Madeirinha, Estação Ecológica do Rio Roosevelt e Reserva Extrativista Guariba-Roosevel, em Rondônia; Reserva Extrativista Roxinho, Reserva Extrativista Seringueiras, Reserva Extrativista Garrote, Reserva Extrativista Mogno, Reserva Extrativista Piquiá, Angelim, Reserva Extrativista Itaúba, Reserva Extrativista Ipê, Reserva Extrativista Jatobá, Reserva Extrativista Massaranduba, Reserva Extrativista Maracatiara, Reserva Extrativista Sucupira, Reserva Extrativista Castanheira, Reserva Extrativista Aquariquara, Reserva Extrativista Freijó, Reserva Extrativista Rio Preto-Jacundá, Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Cedro, Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Mutum, Floresta Estadual de Rendimento Sustentado Gavião, Floresta Estadual de Redimento Sustentado Araras e Floresta Estadual de Rendimentos Sustentado Tucano, em Rondônia, além de Parque Nacional do Juruena (MT e AM) e Parque Nacional dos Campos Amazônicos (RO, AM e MT).

A portaria 332, que reconhece o Mosaico da Amazônia Meridional, foi publicada no Diário Oficial da União no dia 26 de agosto de 2011.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

MMA fortalece parcerias na Amazônia Legal

Arte/Leandro Vieira

Encontros com os nove Estados da região buscam estabelecer estratégias de fortalecimento do Zoneamento Ecológico-Econômico
Por: Rafaela Ribeiro – Editor: Marco Moreira
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentam, nesta terça-feira (07/07) em Palmas, Tocantins, e quarta-feira (08/07), em São Luís, Maranhão, os resultados do Projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal (UZEE).

As apresentações encerram um ciclo de seminários nos nove Estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), com o objetivo de estabelecer estratégias conjuntas de fortalecimento do zoneamento ecológico-econômico (ZEE) na região. Os encontros reúnem gestores públicos, técnicos e demais interessados no tema.
 INTEGRAÇÃO
A iniciativa faz parte do projeto Uniformização do Zoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal e integração com o Zoneamento Agroecológico da Região, apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A iniciativa é executada a partir da larga experiência do Ministério do Meio Ambiente e do Consórcio ZEE Brasil. O estudo conta com uma equipe formada por pesquisadores de diversas instituições presentes na região amazônica, em permanente diálogo com os estados.
Como a produção de energia renovável e sustentável é um desafio global, o UZEE Amazônia Legal está indicando as espécies agroenergéticas mais adaptadas à região e as áreas aptas para o cultivo. Entre as espécies florestais identificadas está o tachi-branco, cujo sistema de produção já foi desenvolvido pela Embrapa. A intenção não é restringir as potencialidades nem impor outras atividades produtivas, mas sim racionalizar o uso do território e organizá-lo em torno de premissas ambientais, econômicas e sociais que respeitem e valorizem a vocação da região.
 RESULTADOS
De acordo com o gerente do Departamento de Zoneamento Territorial do MMA, Bruno Abe Saber Miguel, entre os resultados do projeto estão: a disponibilização da base de informações sobre os ZEEs da região por meio do Sistema Interativo de Análise Geoespacial da Amazônia Legal; a compatibilização das diretrizes de uso e ocupação elaboradas a partir das diversas iniciativas de Zoneamento Ecológico-Econômico, em uma perspectiva macrorregional; e a capacitação das instituições financeiras e dos atores locais em gestão territorial a partir dos diferentes produtos gerados pelo zoneamento.
Além disso, destaca que a iniciativa tem contribuído, consideravelmente, para estreitar a relação de cooperação do MMA com os nove Estados amazônicos, proporcionando a contratação de profissionais para apoiar os órgãos estaduais responsáveis pelo ZEE e a presença constante da equipe do ministério nas atividades que integram a região.
“Enquanto alguns Estados, como Acre e Pará, já concluíram a elaboração de seus zoneamentos e têm avançado na implantação do instrumento, outros, como Roraima e Tocantins, ainda estão formulando seus ZEEs”, afirmou Miguel. “O projeto tem proporcionado um grande apoio, de acordo com a situação de cada Estado.”
Busca-se, também, a articulação do ZEE com os zoneamentos agroecológicos de culturas nativas favoráveis à produção de bioenergia, identificando-se, naquelas aquelas áreas já desmatadas (estimadas em cerca de 700.000 km2), os locais com aptidão para seu cultivo. “Com os impactos previstos do aquecimento global na configuração da produção agrícola nacional, essa iniciativa reveste-se da maior importância para orientar o crescimento sustentável da produção de bioenergia com a conservação dos serviços ambientais e dos recursos naturais. Além de contribuir para a própria política de restauração e reflorestamento anunciada recentemente pela presidenta Dilma Rousseff”, destacou Saber.
 SAIBA MAIS
O zoneamento ecológico-econômico é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente e busca orientar os programas, planos e políticas voltados ao uso e ocupação do território de acordo com suas fragilidades e potencialidades. Para tanto, parte do diagnóstico dos meios físico, socioeconômico e jurídico-institucional e do estabelecimento de cenários exploratórios para a proposição de diretrizes legais e programáticas para cada unidade territorial identificada.
De acordo com o novo Código Florestal (lei federal 12.651/2012), todas as unidades da federação precisam elaborar e aprovar seus ZEEs até maio de 2017, de acordo com a metodologia proposta pelo Governo Federal.

Asssessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - (61) 2028.1165

Links:
Saiba mais sobre o zoneamento nos Estados
Conheça o que é zoneamento territorial

sábado, 21 de março de 2015

Desmatamento na Amazônia cresce 215% em um ano, segundo o Imazon

Área desmatada é maior que a cidade de São Paulo, revela instituto de pesquisa

 

Em um ano, o desmatamento na Amazônia aumentou mais de 200%.

  •  



O instituto de pesquisa Imazon, em Belém, monitora o  
desmatamento na Amazônia há mais de 20 anos. No levantamento divulgado esta semana,foram derrubados 1.700 quilômetros quadrados de floresta nativa, entre agosto de 2014 e fevereiro deste ano. A área desmatada é maior que a cidade de São Paulo.
Comparando essa derrubada com o período anterior, o desmatamento na Amazônia aumentou 215%.

"A perspectiva é se continuar nessa tendência de aumento do desmatamento, a gente ainda vai detectar um crescimento nas estatísticas do desmatamento nos próximos meses", diz Marcelo Justino, pesquisador do Imazon.

Segundo o Imazon, quase a metade do desmatamento ocorreu em áreas particulares, onde a floresta veio abaixo para a expansão da pecuária, principalmente no Mato Grosso. No Pará, o desmatamento foi provocado em grande parte pela grilagem, que é a invasão de terras públicas. Já em Rondônia, segundo os ambientalistas, as árvores vêm sendo destruídas para dar lugar à agricultura.

Do total desmatado nos últimos sete meses, o estado que mais destruiu a floresta foi Mato Grosso (35%), depois Pará (25%) e Rondônia (20%).

Os analistas também fazem outro alerta: como os satélites do Imazon só detectam o desmatamento em áreas acima de dez hectares, os números da derrubada da floresta podem ser ainda mais altos.

O Ministério do Meio Ambiente disse que não comenta os dados de desmatamento da Amazônia divulgados pelo Imazon por não considerá-los oficiais.
Fonte: Com informações do Jornal Nacional
Publicado Por: Daniel Silva

sábado, 21 de fevereiro de 2015

NOTÍCIAS PUBLICADAS NO SITE DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E EM NOSSO BLOG MMA



Memória do clima será recuperada pelo MMA em arquivo digitalizado


Reprodução

Futuro arquivo: pesquisa simplificada

Projeto incluirá chuvas e estiagens no Brasil desde o século XIX


Por: Lucas Tolentino - Edição: Marco Moreira


Estudada de maneira histórica pelas autoridades brasileiras, a previsão do tempo entrou como aliada nas medidas de combate e adaptação ao aquecimento global. Informações sobre secas, tempestades e outros eventos climáticos ocorridos no país desde o século XIX serão recuperados com a conclusão, prevista para este ano, de ação financiada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Mais de R$ 6 milhões foram investidos, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), no projeto do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A iniciativa inclui a digitalização, conversão, importação e armazenamento em formato digital no banco de dados do órgão federal.

PAPÉIS

Ao todo, 12 milhões de documentos com dados meteorológicos desde o fim dos anos 1800 fazem parte do acervo do INMET. Como se encontram em papéis amarelados, os arquivos não podem ser usados, atualmente, para estudos climáticos e de frequência de fenômenos e desastres naturais de natureza atmosférica.

O armazenamento dos dados em um centro de documentação centralizado garantirá a segurança e a integração da memória do clima do Brasil. Além disso, a migração para o banco de dados já existente facilitará as consultas e o intercâmbio de informações com os setores acadêmicos, públicos e privados de maneira mais rápida e eficaz.

CURIOSIDADE

Apesar de o INMET ter sido criado em 1909, os primeiros registros das condições meteorológicas no país remontam ao fim do século XIX. Esses documentos históricos foram produzidos em diversos formatos de papel, que vão de livros e cadernetas até formulários de registradores. Neles, eram inseridas informações numéricas pontuais, resultantes da coleta de dados realizadas por um observador ou registros contínuos por equipamentos mecânicos.

Além da dificuldade de acesso, o manuseio rotineiro dos arquivos provoca a perda de resistência e o envelhecimento precoce da documentação. Para que possam ser digitalizados, os livros e cadernetas foram armazenados, em caráter transitório, em um galpão na sede do INMET, em Brasília.

SAIBA MAIS

Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo Clima é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). Com natureza contábil e vinculado ao MMA, é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.

Apesar de considerado um fenômeno natural, o efeito estufa se intensificou nas últimas décadas, acarretando mudanças climáticas. Essas alterações resultam do aumento descontrolado das emissões de gases como o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias é consequência de atividades humanas como o transporte urbano, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – Telefone: 61.2028 1227


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015




MMA e Universidade de Madri negociam cooperação técnica

Martim Garcia / MMA

Proposta prevê transferência de tecnologias na área de abastecimento de água e saneamento

Por: Paulenir Constâncio – Edição: Marco Moreira

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Tecnológico da Universidade Politécnica de Madrid abriram, nesta sexta-feira (06/01),

Gaetani: Crise hídrica reabre
o debate                                    em Brasília, entendimentos para assinar acordo de cooperação técnica para o desenvolvimento sustentável do semiárido. A proposta foi apresentada ao secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, pelo diretor de Cooperação para o Desenvolvimento da instituição, Manuel Sierra Castañer e prevê capacitação de especialistas e a transferência de tecnologia em manejo florestal para a Caatinga

A instituição espanhola quer levar à região do Cariri, nos Estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, sua experiência no Centro Xingô de Convivência com o Semiárido, onde atua em parceria com organizações não-governamentais há mais de dez anos. Seis municípios da região estão em processo de desertificação, decorrente do avanço do desmatamento pela agropecuária e indústria gesseira, agravado pelos efeitos das mudanças climáticas.

INTEGRAÇÃO

A parceria pode contribuir para integrar os dois países em uma pauta comum. “A Espanha é um grande semiárido”, comparou o professor da universidade madrilenha. O convênio poderá ser firmado no âmbito da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, da qual os dois países são signatários. O Brasil prepara o documento que será levado à COP da desertificação em Cancun, México, em setembro.

Gaettani solicitou ao Departamento de Combate à Desertificação (DCD), do Ministério do Meio Ambiente, a formulação de uma agenda comum com a instituição espanhola, que tem experiência em modelos de parceria público-privadas para serviços básicos. Salientou a crise de recursos hídricos no Brasil pode trazer de volta o debate sobre arranjos entre governos e empresas para a solução de problemas relacionados à água e ao saneamento. Os problemas de gestão da água estão associados diretamente no bioma.

De acordo com o diretor do DCD, Francisco Campello, a troca de experiências tem potencial para produzir mudanças na maneira como o Brasil enfrenta a convivência com a semiaridez. “Falta à sociedade qualificar o problema da desertificação, que já atinge nove estados e mais de 1500 municípios”, acrescentou.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227

domingo, 15 de fevereiro de 2015




Governo Federal e Estados se unem para consolidar o CAR

Martim Garcia/MMA
Izabella (D): "CAR é essencial para combater desmatamento"
Cadastro Ambiental Rural é obrigatório e deve ser feito em todo o país. Cerca de 40% do território nacional já está inscrito no sistema

Por: Lucas Tolentino – Edição: Alethea Muniz
As ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, reuniram-se nesta quinta-feira (05/02) com os secretários estaduais e do Distrito Federal das duas áreas. No encontro, elas reforçaram a necessidade da regularização ambiental dos imóveis rurais nos moldes da nova Lei Florestal, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O CAR é um registro eletrônico, obrigatório para todos os imóveis rurais, que deve ser realizado pelos proprietários até 5 de maio deste ano. "O CAR é essencial para o combate ao desmatamento e também para preservação do cerrado", destacou Izabella Teixeira. “Além disso, o CAR serve para o planejamento ambiental e econômico”, explicou a ministra do Meio Ambiente.  Até o momento, foram cadastrados 550 mil terrenos, que somam área equivalente a 132,1 milhões de hectares no país. O dado mostra que cerca de 40% de todo o território nacional já está na base de dados do CAR. “Há uma grande receptividade por parte dos Estados para a efetivação do Cadastro Ambiental Rural”, avaliou a ministra. Izabella Teixeira descartou a prorrogação de prazo para inscrição dos imóveis rurais no sistema, previsto para terminar em maio deste ano. “Um dos objetivos dessa reunião com os secretários de estado é avaliar quais são os esforços deles para cumprir o prazo”, explicou. A ministra destacou que as estratégias para divulgação do CAR incluem mutirões, campanhas educativas, premiações e cooperação com órgãos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). PRODUTOR DE ÁGUA Além de garantir o cumprimento da Lei Florestal e o desenvolvimento sustentável no país, a parceria tem o objetivo de promover a agricultura e produção familiar em diversas áreas. De acordo com a ministra Kátia Abreu, o produtor de água está entre os focos dessa ação. “Ele tem de ser reconhecido como um importante gerador de ativo ambiental por fazer muito bem esse tipo de produção e de proteção”, destacou a ministra da Agricultura. A implantação do cadastro garantirá a recuperação de áreas degradadas e a promoção da produção agrícola no país. “O CAR é um instrumento único para mostrar a transparência nesse processo”, afirmou Kátia. “Os produtores não devem temer o CAR. É preciso temer ficar na ilegalidade e em situação de insegurança jurídica”, acrescentou. O CADASTRO Todas as propriedades rurais do país precisam ser cadastradas no Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR), com imagens georreferenciadas de todo o território nacional. As inscrições são condições necessárias para que os imóveis façam parte do Programa de Regularização Ambiental (PRA). Isso dará início ao processo de recuperação ambiental de áreas degradadas dentro dos terrenos, conforme prevê a Lei 12.651, de 2012, a chamada Lei Florestal. A inscrição no CAR é realizada por meio do SiCAR, que emite um recibo, seguindo a mesma lógica da declaração do Imposto de Renda. É possível, inclusive, fazer retificações caso haja informações conflitantes. Depois de cadastrados, os proprietários ou posseiros com passivo ambiental relativo às Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Uso Restrito (UR) poderão aderir aos PRAs da unidade da federação em que estão localizados. Caso não faça o cadastro, o responsável pelo imóvel ficará impossibilitado de obter crédito rural, além de entrar em situação de insegurança jurídica. O CAR, no entanto, não tem relação com questões fundiárias. Ou seja, é um documento declaratório sobre a situação ambiental de uma área cuja responsabilidade de manutenção é daquele que declarou e, portanto, não gera direitos sobre a forma de uso do solo. SAIBA MAIS Área de Preservação Permanente (APP): Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. Reserva Legal (RL): É uma área localizada no interior de uma propriedade rural, que não seja a APP, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. Uso Restrito (UR): Áreas de inclinação entre 25° e 45°.

sábado, 14 de fevereiro de 2015




Manejo florestal melhora vida de mil famílias no semiárido do Nordeste
Paulo de Araújo/MMA
Antônio: manejo sustentável
Na Serra do Araripe, entre Ceará, Pernambuco e Paraíba, lenha é retirada de forma sustentável.

Por: Pauleinir Constâncio – Edição: Marco Moreira



O manejo florestal representa renda adicional que está mudando a vida de mil famílias no semiárido nordestino e reduzindo a pressão do desmatamento sobre os processos de desertificação.  Na Serra do Araripe, região entre os estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba, em pouco menos de três anos pequenos produtores rurais e assentados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) viram sua renda familiar mais que dobrar com a venda de lenha sustentável para as indústrias de cerâmica e gesso.
É o que conta Antônio Esmero do Nascimento, 54 anos, pai de 14 filhos radicado na Fazenda Barra Grande, uma gleba de 8 mil hectares, dos quais 2 mil estão em regime de manejo por 20 anos. Natural de Jardim, no sertão pernambucano, ele migrou para o assentamento em Jati, no Ceará, para trabalhar no Plano de Manejo Florestal Comunitário Sustentável da Caatinga.
OVELHAS

Antônio, que sempre viveu do trabalho na roça, diz que a nova fonte de renda já permitiu com que comprasse quatro cabeças de gado. “Agora posso tirar um leite para dar a uma criança”, conta com alegria. Ele está começando também uma criação de ovelhas “devagarinho”. Por dia, chega a cortar até 3 m3 de lenha, bem acima da média per capita local. “E com a orientação do jeito certo de cortar, pode ver que o mato já tem mais de um metro em menos de oito meses”, explica.
Dos filhos de Antônio, os três mais velhos migraram para São Paulo, mas os pequenos vivem com o ele. “Antes a gente acordava os meninos para trabalharem na roça – era assim no tempo do meu pai – mai hoje é para ir à escola”, diz o agricultor que é beneficiário de outros programas do Governo Federal e tem ônibus escolar na porta para percorrer os 20 Km entre o assentamento e a sala de aula.  Ele relata que “trabalhava na meia” nas terras dos outros e o que “tirava” era só para a subsistência. Agora, explica, sempre sobra um pouco com a renda da lenha. Não revela quanto é, mas abre o sorriso quando fala do assunto.
VINTE ANOS
Em Baixa Grande a área de manejo florestal foi dividida em 19 pedaços a serem cortados anualmente. O primeiro foi concluído e deu mais lenha que a absorvida pelo mercado. Só volta a ser cortado daqui a 20 anos. A regeneração esperada é de 100%. O diretor do Departamento de Combate à Desertificação, Francisco Campello, afirma existirem estudos que apontam até para o enriquecimento da biodiversidade, já que espécies quase extintas na área manejada reaparecem.
Mas os assentados na Serra do Araripe ainda enfrentam problemas para colocar o produto no mercado. Pela legislação, só podem vender para comprador legalizado, trabalhando dentro da proposta de sustentabilidade estabelecida em licenciamento ambiental. Caso não retire toda a lenha anualmente, para explorar todo o restante da área precisam nova licença dos órgãos ambientais.
O manejo florestal comunitário é parte da estratégia do Ministério do Meio Ambiente para o combate à desertificação e convivência com a semiaridez. Os programas têm como foco a promoção do desenvolvimento com sustentabilidade e conservação da paisagem da Caatinga. As ações previstas promovem a geração de renda e inclusão social, seguranças hídrica, energética e alimentar dos rebanhos, conservando a biodiversidade.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

R O N D Ô N I A

         A área limitada pelo Estado de Rondônia, tem quase 80% coberta por densa floresta tipo amazônica (perinófila e subcaducifólia), que galga a encosta do planalto acompanhando os cursos dos rios em forma de mata de galeria. Associado a essas florestas, aparecem as formações de cerrados (savana), campos sujos e campos limpos.
           
         A constituição e distribuição das formações vegetais estão condicionadas ao clima e fatores edáficos, principalmente à drenagem e a disponibilidade de nutrientes.  
MATA DE IGAPÓ 

  Predominam nas planícies das margens dos rios, lagos e lagoas, inundadas praticamente o ano inteiro. A vegetação que a constitui são as espécies de árvores, arbustos adaptados as condições ambientas, as lianas, as trepadeiras, as aquáticas e as palmáceas.  

MATAS DE VÁRZEA
    
Ocorrem nos baixos terraços (platôs) inundáveis nos períodos de enchentes dos rios, são formadas por palmáceas, umbaubeiras, seringueiras, samuameiras e outras árvores de médio e grande porte, lianas e trepadeiras.  


MATAS DE TERRA FIRME
Situam-se nos altiplanos não inundáveis e constituem uma formação vegetal densa, um complexo de árvores gigantes, tanto na altura como no diâmetro, associadas a palmeiras e bambusais enlaçados de cipoais que as galgam em direção as suas copas. São ricas em madeiras de lei como a massaranduba, cedro, mogno, cumaru, itauba, faveira ferro, angelim, sucupira e outras.Em aleogenosas entre as quais a copaibeira, cumarumeiro e caucheiro. Em palmáceas de variadas espécies, tais como o buriti, abacaba, açaí, pupunha, babaçu, inajá, jarina, etc.
 Destacam-se no conjunto vegetal por seu elegante porte e beleza a castanheira (produtora da Castanha-do-Brasil)   
  MATAS DE GALERIA

São poucos densa, se constituíndo na vegetação de transição entre a mata de várzea e mata de terra firme, acompanha os cursos dos rios.

FAUNA             
         A Fauna do espaço geográfico limitado pelo Estado de Rondônia, é do modo geral a comum a brasileira, com característica de adequações aos respetivos ecossistemas. 



As florestas são os habitat dos mamíferos como: os símios, destacando-se a guariba (aloutta), o macaco prego (cebus), o macaco de cheiro (chiropotes), o macaco preto (ateles), as onças (pantheras jaguarius), onça vermelhas (suçuarana), onça pretas (pantera) e onça pintada (jaguar), os gatos-selvagens (jaguatirica). Entre os carnívoros, encontram-se a ariranha, irara lontra (mustelídeo), quati (procinideonasua), cachorro-do-mato (canídeo-Dusicyon thous), guará (canídeo-Chrysocyon brachrurus) este último habita o cerrado do sul do Estado. Os roedores, entre estes destacam-se a paca, a cotia (cavídeos), a capivara, o ouriço-cacheiro, o preá, o quatipuru (procionídeos) e o rato (murídeo). Os onívoros, destacam-se os gambás (mursupiasis-dedelphis). Os desdentados, preguiça (bradipodideo), tamanduás e tatu de vários tamanhos (xenartros). Os paquidermes, anta (umgulado tapirídeo), queixada e caitiu (taiassuídeos). Os queiropteros, representados por variados morcegos.
           
         São habitantes das florestas os répteis, jabutis (quelônios), lagartos e lagartixas (lacertífilos); os ofídios, as cobras em grande variedades de venenosas a não venenosas, destacando-se por seu tamanho a surucuru, a salamanta e jibóia. As aves, destacando-se entre estas o mutum (crax), jacamim (psdofúdeos), inambu (rinamídeo), jaçanã (parrídeo), jacu (cranídeo-penchope), marreco (ananicos), tucano (ramfastídeo), pica-pau (picídeos), gavião (rapina), urubu, urubu-rei (abutre-catarídeos), coruja (atusholiba), sabiá (turdideo), rouxinou (leterídeo), curó (fringilideo), bem-te-vi (tiranídeo) e tantas outras aves.

      
         As rios igarapés, lagos e lagoas, são os habitat em suas margens, das lontras, das ariranhas, das garças, dos socos (ardeideos), dos jaçanãs (parrídeos), dos patos, dos marrecos, das cobras, dos jacarés e em suas águas os peixes, destacando-se a jatuarana, o tambaqui, a pirapitinga, o pacu, o aracu 9caracídeos), a piraíba, o jaú, o mandi, o dourado, o surubim (silurídeos), a sardinha, o apapá (cluplédeos), a arauná (osteoglossídeos), a curimbatá (procilopus), o tucunaré, o cará (ciclídeos), o acarí  (boricurídeos), os cetáceos, peixe-boi, o boto (delfinídeos) e o pirarucu (osteglossídeos). As cobras aquáticas, destacando-se a sucuri (boídeos). E os quelônios tartarugas e tracajá (pleomedussídeos).
         Invertebrados são numerosos e de várias espécies de araquinídeos, insetos, moluscos terrestres e aquáticos.        


fontes:

montagem: Gilson Guedes 

Fonte textos: (Telma M. de Souza - DRT/696)
http://vilhena.com.br
Fotos: http://www.brazilnature.com