Fechado ‘pacote’ com os cinco ministérios do PMDB
Fechou-se o pacote de ministros do PMDB. O partido sai da negociação embrulhado. Dilma Rousseff enrolou-o como bem quis.
Entregou duas pastas ao PMDB do Senado: Minas e Energia e Previdência. Outras duas para o PMDB da Câmara: Agricultura e Turismo.
Como mimo adicional concedeu a Michel Temer a prerrogativa de indicar um ministro para a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos):
Se não houver nenhuma reviravolta, a lista de nomes levada ao pacote é a seguinte:
1. Previdência: senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
2. Minas e Energia: senador Edison Lobão (PMDB-MA).
3. Turismo: deputado Pedro Novais (PMDB-MA).
4. Agricultura: Wagner Rossi, atual ministro da pasta.
5. Assuntos Estratégicos: Moreira Franco.
Os senadores, que demoravam-se em digerir a Previdência, tiveram de engolir a pasta.
Os deputados, que achavam o Turismo assim, meio mixuruca, deram-se por satisfeitos.
Wellington Moreira, até a noite passada dizia que não iria para a SAE. Foi. A secretaria receberá enfeites novos.
Resumo da ópera: O PMDB “exigia” de Dilma a manutenção das pastas que amealhara sob Lula.
Perdeu o poderoso Ministério Comunicações para o PT. E o da Integração Nacional para o PSB.
Em troca dos ministérios perdidos, passou a “exigir” pastas de pe$o equivalente. Falou em Cidades e Transportes. Levou Previdência e Turismo.
Com quatro pastas, “exigiu” um quinto ministério, para Moreira Franco. Dilma cedeu a SAE, um subministério que Lula criara para abrigar Mangabeira Unger.
De resto, o PMDB queixou-se de duas “barrigas de aluguel”: Saúde e Defesa. Perdeu a primeira pasta.
Na segunda, viu-se compelido a continuar carregando no ventre um “filho” de Lula adotado por Dilma: Nelson Jobim.
No dizer de um grão-pemedebê, a legenda sai da negociação com Dilma assim:
“Antes, éramos chamados de fisiológicos. Mas, espertos, levávamos o que queríamos. Agora, continuam nos chamando de fisiológicos. Só que ganhamos fama de bobos”.
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Escrito por Josias de Souza às 17h36
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