quinta-feira, 27 de junho de 2013

PMDB decide expulsar deputado condenado pelo STF e procurado pela PF

Por iG São Paulo | - Atualizada às
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Donadon é o primeiro deputado federal em exercício de mandato a ter a prisão decretada desde a Constituição de 1988 e está foragido

O diretório estadual do PMDB de Rondônia decidiu expulsar de seus quadros o deputado federal Natan Donadon e o seu irmão, o deputado estadual Marcos Donadon. Os dois foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos, 4 meses e 10 dias, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de formação de quadrilha e peculato.
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Primeiro deputado federal em exercício de mandato a ter a prisão decretada desde a Constituição de 1988, Donadon está foragido. Diante disso, homens da PF estão nas ruas com a determinação de cumprir a ordem de prisão. A Inteligência da PF foi acionada para monitorar todos os possíveis pontos em que o deputado possa estar. Postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estradas e também equipes em aeroportos já foram avisadas da ordem.
Agência Câmara
Donadon foi condenado à prisão pelo STF
O político foi condenado por fraudes contra a Assembleia Legislativa de Rondônia. Os ministros acataram a denúncia da PGR, segundo a qual ele integrava uma quadrilha que desviou R$ 8,4 milhões da assembleia entre os anos de 1995 e 1998. Hoje, atualizados, somariam cerca de R$ 58 milhões.O parlamentar também foi condenado a devolver R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
Já o irmão de Natan Donadon foi preso ontem em Porto Velho. Durante sua gestão na Assembleia, segundo dados da acusação, Marcos Donadon nomeou pessoas de sua confiança para cargos estratégicos da casa como diretor financeiro, diretor do Departamento de Recursos Humanos e chefe de gabinete, para agirem sob o seu comando, a fim de promover desvios de verbas públicas. O Ministério Público do Estado denunciou 10 pessoas por fraudes nas folhas de pagamento de servidores comissionados.
Pelo regimento interno do Legislativo, Marcos Donadon deverá permanecer no cargo, a menos que sua prisão seja estendida por mais de 120 dias. Ele é o terceiro deputado que ocupou o cargo de presidente da Assembleia de Rondônia a ser preso desde 2006.

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