terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dilma convida Paulo Bernardo para Comunicações


IG/VS
A 15 dias do prazo que estabeleceu para a montagem do seu governo, a presidenta eleita Dilma Rousseff resolveu acelerar a escolha dos ministros do restante da Esplanada. Além de acertar com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), a nomeação de Sérgio Côrtes na Saúde, ela definiu o nome de Paulo Bernardo para as Comunicações. Nas últimas horas, também ganhou força a permanência de Fernando Haddad na Educação.
Três fontes diferentes confirmaram ao iG a transferência do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para as Comunicações. O ministério, porém, é comandado há seis anos pelo PMDB. Por isso Dilma precisa acertar com o partido como será feita a contrapartida. Os peemedebistas sonham emplacar um nome nas Cidades para compensar a perda nas Comunicações. Nesse caso, o mais cotado é Moreira Franco, dirigente nacional do PMDB.
O nome de Paulo Bernardo para as Comunicações vem sendo gestado desde a semana passada, quando ele próprio confirmou ter sido convidado por Dilma para permanecer no governo. Contudo, na oportunidade, não foi revelada qual pasta ele assumiria.
Além das Comunicações, Paulo Bernardo surgiu como opção para as Cidades. A pasta é comandada, desde 2005, pelo PP. O partido, contudo, não apoiou Dilma oficialmente durante a campanha. A presidenta eleita chegou a estudar a divisão do ministério em duas partes: o Saneamento seria mantido pelo PP e a Habitação, com o programa Minha Casa Minha Vida, ficaria com o PT.
No entanto, agora o mais provável é que a pasta das Cidades fique com o PMDB para compensar das Comunicações. O problema é que esse ministério é da cota da bancada peemedebista do Senado. Em abril deste ano, o senador Helio Costa (PMDB) resolveu deixar a pasta para concorrer ao governo de Minas Gerais. Semana passada, ele tentou articular sua volta para se cacifar para assumir a presidência de Furnas, estatal com sede em solo mineiro.
Apesar de brigar por seu espaço nas Comunicações, o PMDB do Senado quer mesmo é manter o comando do Ministério de Minas e Energia. O principal objetivo é promover o retorno do senador Edison Lobão (PMDB-MA) ao comando da pasta. Ele também havia saído do cargo para disputar a eleição em outubro. Reeleito para mais um mandato no Senado, tem o apoio de Renan Calheiros e José Sarney para voltar para a Esplanada.
Em meio às definições de espaços entre os aliados, o ministro Fernando Haddad também aparece com força para ficar na Educação. Ele se enfraqueceu por conta dos problemas da realização do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). No entanto, contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é até agora a pessoa que tem mais influenciado Dilma na escolha dos ministros do próximo governo.

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